Jornalistas que formam jornalistas

um estudo sobre a docência a partir do ‘Perfil do jornalista brasileiro’

Autores

  • FELIPE SIMÃO DE PONTES
  • JACQUES MICK

Resumo

O artigo reflete sobre as características demográficas, políticas e do trabalho de 173
jornalistas que atuam como professores de ensino superior e participaram, em 2012, da
pesquisa „Perfil profissional do jornalismo brasileiro„. Observam-se semelhanças e
diferenças entre as características do segmento e a média dos profissionais,
notadamente quanto a sexo, nível de ensino, taxa de sindicalização e opiniões quanto à
criação de órgão de autorregulamentação profissional e à exigência de formação
superior para o exercício da profissão. Constata-se que, em resposta à multiplicação do
número de cursos superiores de Jornalismo no país na última década, a configuração
do segmento acabou por produzir um contingente robusto de docentes que
compartilham os códigos profissionais da categoria no país. A despeito de taxas
relativamente baixas de incentivo à qualificação nas instituições de ensino superior,
76% dos jornalistas-professores têm mestrado e doutorado. Os docentes jornalistas
trabalham majoritariamente em disciplinas práticas dos cursos de Jornalismo, apenas
um terço atua em ensino, pesquisa e extensão e são profissionais que dedicam alta
carga horária ao trabalho: em sua maioria tem mais de um emprego e está há menos
de 10 anos no emprego atual, com alta taxa de rotatividade de atividades em suas
vidas produtivas (baixa razão tempo/emprego). Não obstante, eles estão relativamente
satisfeitos com seus empregos como professores.

Publicado

2018-06-22

Como Citar

DE PONTES, F. S., & MICK, J. (2018). Jornalistas que formam jornalistas: um estudo sobre a docência a partir do ‘Perfil do jornalista brasileiro’. Revista Brasileira De Ensino De Jornalismo, 3(12), 4. Recuperado de https://rebej.abejor.org.br/index.php/rebej/article/view/270

Edição

Seção

Artigos