Telejornalismo “participativo” e a relação com a audiência:

análise do JMTV (MA) E DO NETV (PE)

Autores

  • Giovana Borges Mesquita UFPE
  • Kellen Ayana Alves CERETTA UFMA
  • Sarah Rêgo UFPE

Palavras-chave:

Audiência Potente. Telejornal. Jornalismo. Copa do Mundo.

Resumo

Um grande evento como a Copa do Mundo leva um telejornal a envolver mais sua audiência, incentivando-a ao envio de conteúdos? Essa pergunta norteou o artigo, que se propõe a analisar dois telejornais da região Nordeste: o NETV (PE) e o JMTV(MA). A partir de uma análise de conteúdo de 462 matérias, todas veiculadas durante a Copa do Mundo de 2018, observamos se havia uma modificação na relação com a audiência nos dois telejornais. Um dos aspectos visíveis na análise é que as redações ainda não levam em consideração a potencialidade dessa audiência, que quanto mais incentivada a participar, pode se tornar ativa e comprometida com a coprodução da notícia.

Biografia do Autor

Giovana Borges Mesquita, UFPE

Professora permanente do PPGCOM da UFPE e professora adjunta da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Caruaru. Doutora em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Dinâmicas do Jornalismo. De 2015 a 2017 foi professora do curso de Comunicação, na Universidade Federal do Maranhão.

Kellen Ayana Alves CERETTA, UFMA

Graduada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Integrante do grupo de pesquisa “Dinâmicas do Jornalismo”.

Sarah Rêgo, UFPE

Integra o Grupo Dinâmicas do Jornalismo. É aluna do curso de Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco. Bolsista PIBIC CNPQ . E-mail: sarahrebekarego1@gmail.com

Referências

AGUIAR, L., BARSOTTI, A. Jornalismo amador: proposta para definir as práticas jornalísticas exercidas pelo público em ambientes interativos. In: STRELOW, A, FILHA, E., PENA, F.

ASSIS, F. COUTINHO, I. (org.). Jornalismo: história, teorias gêneros e práticas. São Paulo: Intercom, 2012.

ANDRADE, A. P. Telejornalismo apócrifo – A construção da notícia com imagens amadoras e de vigilância. Florianópolis: Insular, 2018.

BARDIN, L. Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa: Edições 70, 2006. (Obra original publicada em 1977).des culturales. Barcelona: Paidós, 2003.

BRUNS, A. Gatewatching: collaborative online news production. New York: Peter Lang, 2005.

CAJAZEIRA, Paulo Eduardo Silva Lins. O agendamento e a participação do público nos telejornais: das cartas ao fale conosco. Paraná: Revista Publicatio, Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2013.

CERETTA, Kellen. A audiência participativa? Uma análise sobre a atuação do telespectador no JMTV. Monografia (graduação)- Curso de Comunicação Social – Jornalismo, Universidade Federal do Maranhão, 2018.

CHADWICK, P. Definir noticias falsas nos ajudará a expor isso. The Guardian, 2017; Disponível em: https://www.theguardian.com/media/commentisfree/2017/may/12/defining- fake-news-will-help-us-expose-it. Acesso em: 20 jan. 2019.

CHAPARRO, M. Jornalismo: linguagem e espaço público dos conflitos da atualidade. São Paulo, 2009.

LEVY, Pierre. A emergência do cyberspace e as mutações culturais. Porto Alegre, 1994.

MALDONADO, A. E., ALMEIDA, R. Cidadania, Integração e Identidades Culturais na América Latina. Revista Extraprensa. v. 10, n.2, 2017. São Paulo. p. 210-231.

MARINHO, R; MARINHO, J; MARINHO, J. Princípios editoriais do grupo Globo. G1, 2011. Disponível em: http://g1.globo.com/principios-editoriais-do-grupo-globo.html. Acesso em: 20 dez. 2018.

MESQUITA, Giovana Borges. Intervenho, logo existo: a audiência potente e as novas relações no jornalismo. Tese em comunicação. UFPE – Recife, 2014.

MESQUITA, G. CERETTA, K. Reflexões sobre a “participação” da audiência na TV Globo Nordeste e na TV Mirante do Maranhão. In: Congresso de Ciências da Comunicação da Região Nordeste - INTERCOM, 19, 2017, Fortaleza. Anais do XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste. São Paulo: Intercom, 2017. Disponível em: http://www.portalintercom.org.br/anais/nordeste2017/resumos/R57-1767-1.pdf. Acesso em: 01/07/2018.

MUSSE, C., TOMÉ, C. Um milhão de amigos no “RJTV”: o telespectador como produtor de conteúdo pelos aplicativos WhatsApp e Viber. Revista Sessões do Imaginário, v. 20, n.33, 2015, p. 01-09.

PATERNOSTRO, V. I. O texto na TV: manual de telejornalismo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

SIQUEIRA, F. O efeito de participação do real representado e o surgimento de um novo valor-notícia: o flagrante único de coprodução no telejornalismo. Dissertação em comunicação – UFPE. Recife, 2013.

TRAQUINA, N. Teorias do jornalismo. Florianópolis: Insular, 2005.

VIZEU A., SIQUEIRA, F. O telejornalismo: o lugar de referência e a revolução das fontes. In: COUTINHO, Iluska; MELLO, Edna, PORCELLO, Flávio; VIZEU, Alfredo. Telejornalismo em questão. Florianópolis: Insular, 2014, p. 83-99.

WOLF, M. Teorias da comunicação. Lisboa: Presença, 1997.

Downloads

Publicado

2019-10-10

Como Citar

Mesquita, G. B., CERETTA, K. A. A., & Rêgo, S. (2019). Telejornalismo “participativo” e a relação com a audiência:: análise do JMTV (MA) E DO NETV (PE). Revista Brasileira De Ensino De Jornalismo, 9(24), 44–60. Recuperado de https://rebej.abejor.org.br/index.php/rebej/article/view/315

Edição

v. 9 n. 24 (2019): REBEJ 24

Seção

Artigos

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).