Lendo manuais de jornalismo dos anos 1960-1970
representações da profissão e identidade profissional
##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:
https://doi.org/10.46952/rebej.v11i28.442Mots-clés:
Comunicação, Jornalismo, Profissão, Manuais popularesRésumé
Este artigo descreve a construção da imagem e das características dos jornais e dos jornalistas conforme apresentadas em três manuais de jornalismo, publicados pelas Edições de Ouro, em edições populares, entre 1964 e 1979. De caráter didático e normativo, dirigido a um público leigo, os livros trazem indícios para a compreensão de como a profissão era vista naquele momento. A análise indica que (1) o jornalismo é mostrado como “missão”, não como profissão; (2) jornalistas são pessoas de “respeito” e “prestígio”, com bons salários e (3) aprende-se “na prática”, em uma crítica aos cursos universitários. Esses pontos são discutidos a partir das dinâmicas do campo do jornalismo e da pesquisa em comunicação.
Références
ABRAMO, Claudio. A regra do jogo. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
ALBUQUERQUE, Alfonso. A obrigatoriedade do diploma e a identidade jornalística no Brasil. Contracampo, no. 14, vol. 1, pp. 73-92, jan-jun. 2006.
ALVES, Marcelo. O debate sobre o diploma de jornalismo no Congresso Nacional. INTER-COM, 38. 2014. Foz do Iguaçú: Anais... Foz do Iguaçú: Intercom, 2014, pp. 1-15.
AZEVEDO, A. Vivaldo. Noções de Jornalismo Aplicado. Rio de Janeiro: Ediouro, 1979.
BAHIA, Juarez. Jornal, história e técnica. São Paulo: Martins, 1964.
BARBOSA, Marialva. História Cultural da Imprensa Brasileira. Rio de Janeiro: Mauad, 2007.
BARBOSA, Marialva. Uma história da imprensa (e do jornalismo): por entre os caminhos de pesquisa. Intercom, v.41, n.2, p.21-36, mai./ago. 2018.
BARROS, José. D’A. Sobre a feitura da micro-história. Opsis, Goiânia,Vol. 7, no. 9, pp. 167-185, jul-dez. 2007.
BARROS FILHO, Clóvis; MARTINO, Luís M. S. O habitus na Comunicação. São Paulo: Paulus, 2003.
BELTRÃO, Luiz. A imprensa informativa. São Paulo: Folco Masucci, 1969.
BOND, F. Fraser. Introdução ao jornalismo. Rio de Janeiro: Agir, 1959.
BOURDIEU, Pierre. Questões de Sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983.
________________. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.
CAPELATO, Maria H. Os arautos do liberalismo. São Paulo: Brasiliense, 1989.
_____________________.; PRADO, Maria L. O bravo matutino. São Paulo: Alfa-Ômega, 1980.
CHARTIER, Roger. A história ou a leitura do tempo. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
GOLDENSTEIN, Gisela T. Do jornalismo político à indústria cultural. São Paulo: Summus, 1987.
______________________. Folhas ao vento. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
HEHENBERG, Johann. Manual do Jornalista. São Paulo: Fundo de Cultura, 1962.
IACOMINI Jr, Franco. Fósseis do jornalismo: um olhar para a comunicação de longa dura-ção. ALCAR, 12. Natal: Anais... Natal: Ed. UFRN, 2019, pp. 1-15.
LEVI, Giovanne. Micro-história. In: BURKE, P. Escrita da História. São Paulo: Unesp, 2016.
LIMA, V. A. Repensando as Teorias da Comunicação. In: MELO, J. M. (Org.) Teoria e Pesqui-sa em Comunicação. São Paulo: Intercom/Cortez, 1983, pp. 85-99.
MARTINO, Luis M. S. A crítica das condições de trabalho jornalístico em As Ilusões Perdi-das, de Balzac. Comunicação: Veredas, v. 9, n. 1, pp. 147-162, jul-dez. 2010.
____________________. Dos 'Fundamentos Científicos' à 'Teoria da Comunicação': uma contro-vérsia epistemológica nas origens da Área. Comunicação & Informação, v. 21, no. 3, pp. 107-122, out-dez. 2018.
____________________. O diálogo entre fatores políticos e epistemológicos na formação do campo da comunicação no Brasil. Folios, Antioquia, v. 28, pp. 159-175, jul-dez. 2012.
MEDINA, Cremilda. Notícia, um produto à venda. 2a Edição. São Paulo: Summus, 1988.
____________________. Profissão jornalista. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982.
MOTA, Carlos G.; CAPELATO, Maria H. História da Folha de S.Paulo. São Paulo: Impress, 1981.
MOTA, Luiz G. Análise crítica da narrativa. Brasília: Ed. UnB, 2013.
MOURA, Claudia P. O curso de comunicação social. Porto Alegre: PUC-RS, 2002.
NORBERTO, Natalício. Jornalismo para principiantes. Rio de Janeiro: Ediouro, 1978.
____________________. Manual prático do jornalista. Rio de Janeiro: Ediouro, 1960.
____________________. Jornalismo para todos. Gráfica Batista, s. d.
____________________. Manual prático do jornalista. Rio de Janeiro: Ediouro, 1964.
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1988
PETRARCA, Fernanda R. Construção do estado, esfera política e profissionalização do jor-nalismo no Brasil. Sociologia e Política, v. 18, n. 35, pp. 81-94, fev 2010.
RAMOS, José N. Jornalismo – Dicionário Enciclopédico. São Paulo: Ibrasa, 1970.
RECEITA FEDERAL. Curiosidades da evolução do imposto de renda. Brasília: Ministério da Economia, 2019. Disponível em <http://receita.economia.gov.br/sobre/institucional/memoria/imposto-de-renda/curiosidades>. Acesso em: 26 nov. 2019.
RIBEIRO, Jorge C. Sempre alerta. São Paulo: Brasiliense, 1994.
ROSE, Gillian. Visual methodologies. Londres: Sage, 2016.
SANTOS, Jeanna L. C. Passagem do livro ao jornal: o texto esfarela-se na crônica. Revista Brasileira de História da Mídia, Vol. 2, no. 1, pp. 1-9, jan-jun. 2013.
SILVA, Carlos E. L. Mil Dias. São Paulo: Trajetória Cultural, 1988.
TASCHNER, Gisela. Do jornalismo político à indústria cultural. São Paulo: Summus, 1987.
____________________. Folhas ao vento. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
SODRÉ, Nelson W. História da Imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.
TRAVANCAS, Isabel. O mundo dos jornalistas. São Paulo: Summus, 1993.
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Copyright (c) 2021 Luis Mauro Sa Martino
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).